JECADO
JECADO

Capricho, curvando a língua nos “r”s,
prolongando sílabas, buscando raízes.
Sim; caipira – caboclo – da roça e do sertão.
Das serranias – Eldorados – das Altas Florestas.
Viajeiro, viajei, caminhei por trás das serras.
Grotões paralisados nas eras; só sombras.
Oníricos vultos e sons. Não pise, não fira.
Goze, só. Macucado convivia.
Olfatava aqueles aromas nunca d’antes respirados.
Adjacente e samambaias, avencas. Cuidava.
Submisso segui – natureza viva. Sobreviventes,
somos da experiência de Deus.
Campeio, remediadamente íntegro,
a ordem contemporânea. Suborno a saga
mateira, donde trago histórias e
orgásticas emoções mundanas.
Cosmopolitamente isolado, velozes
auto centauros, ameaçam “gentinhas”
periféricas. Abro a voz
rouca, mas ninguém ouve,
ninguém se vê.